024.1 Lição 2
Certificado: |
Security Essentials |
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Versão: |
1.0 |
Tópico: |
024 Segurança de Rede e Serviços |
Objetivo: |
024.1 Redes, Serviços de Rede e a Internet |
Lição: |
2 de 2 |
Introdução
Essa lição aborda conceitos essenciais de comunicação em rede e computação em nuvem, incluindo os principais componentes de rede, como o DNS (Sistema de Nomes de Domínio) que traduz nomes de domínio em endereços IP. Além disso, explora o DHCP (Protocolo de Configuração Dinâmica de Host) e apresenta modelos de computação em nuvem, destacando como esses modelos oferecem soluções escaláveis e flexíveis para gerenciar recursos de TI.
TCP/IP e Seus Papéis na Comunicação em Rede
No seu núcleo, o modelo TCP/IP permite que os dados sejam transmitidos de forma confiável e eficiente entre dispositivos em uma rede. Os principais protocolos que operam dentro do modelo TCP/IP incluem TCP, UDP, ICMP e DHCP, cada um com papéis e características distintas.
Protocolo de Controle de Transmissão (Transmission Control Protocol - TCP)
O TCP é um protocolo orientado à conexão que garante a entrega confiável, ordenada e verificada de dados em uma rede. Ele alcança isso estabelecendo uma conexão entre dois dispositivos por meio de um processo conhecido como aperto de mão em três etapas (three-way handshake). Durante esse aperto de mão, os dispositivos trocam mensagens de controle (SYN, SYN-ACK e ACK) para sincronizar seus números de sequência e concordar com os parâmetros de comunicação antes que qualquer transferência real de dados comece.
O aperto de mão do TCP é como um carteiro entregando uma carta importante com um recibo de confirmação. Primeiro, o carteiro (cliente) bate à porta (envia uma solicitação SYN) para informar ao destinatário que uma carta está a caminho. O destinatário (servidor) abre a porta e devolve um recibo assinado (SYN-ACK) para reconhecer a chegada da carta. Finalmente, o carteiro confirma a troca assinando o recibo (ACK) e se retira, garantindo que ambas as partes saibam que a mensagem foi entregue com sucesso. Essa troca confiável garante que a comunicação seja estabelecida e confirmada, assim como uma entrega postal com confirmação de recebimento.
Uma vez que a conexão é estabelecida, o TCP utiliza números de sequência para rastrear cada segmento de dados. Esses números de sequência garantem que, mesmo que os pacotes cheguem fora de ordem devido a caminhos de rede ou atrasos variados, o sistema receptor consiga reordenar os dados corretamente. O TCP também incorpora mecanismos de controle de fluxo através do uso de uma janela deslizante, que permite ao receptor controlar o ritmo da transmissão de dados para evitar sobrecarregar suas capacidades de processamento ou a capacidade do buffer.
Os números de sequência e o controle de fluxo do TCP podem ser comparados a um carteiro entregando uma série de pacotes em uma ordem específica. Cada pacote (segmento de dados) é etiquetado com um número (número de sequência) para que tanto o carteiro (cliente) quanto o destinatário (servidor) possam acompanhar a ordem. Se um pacote for perdido ou atrasado, o destinatário pode notificar o carteiro para reenviar apenas aquele específico.
Além da numeração, o TCP utiliza pacotes de confirmação (acknowledgment - ACK) para confirmar o recebimento dos dados. Para cada segmento recebido, o destino envia uma confirmação de volta, confirmando a chegada bem-sucedida dos dados até um determinado byte na sequência. Se uma confirmação não for recebida dentro de um determinado período, o TCP assume que houve perda de pacotes e aciona a retransmissão dos dados não confirmados. Isso torna o TCP altamente confiável, garantindo que nenhum dado seja perdido durante a transmissão, mesmo em redes propensas à congestionamento ou perda de pacotes.
Esses mecanismos de confiabilidade fazem do TCP o protocolo preferido para aplicações que exigem entrega garantida e integridade dos dados. Serviços da web (usando HTTP/HTTPS), transmissão de e-mails (SMTP/IMAP) e transferências de arquivos (FTP/SCP) dependem do TCP para garantir que os dados sejam entregues sem corrupção ou perda. Por exemplo, quando um navegador da web solicita uma página da web, o TCP assegura que cada elemento da página (incluindo HTML, CSS, JavaScript e imagens) seja transmitido de forma confiável do servidor para o cliente. Se qualquer parte do fluxo de dados for interrompida, o TCP retransmite os segmentos ausentes, garantindo que a página carregue total e corretamente.
Protocolo de Datagramas do Usuário (User Datagram Protocol - UDP)
O UDP é um protocolo sem conexão, o que significa que não requer que uma conexão seja estabelecida entre os dispositivos antes de transmitir dados. Ao invez disso, o UDP simplesmente envia dados em unidades discretas chamadas datagramas sem qualquer processo de configuração formal. Ao contrário do TCP, o UDP não garante a entrega, a ordenação ou a integridade desses datagramas. Isso significa que os pacotes podem chegar fora de ordem, serem duplicados ou serem perdidos completamente, e o UDP não tentará recuperá-los ou retransmiti-los.
A ausência de configuração de conexão e mecanismos de retransmissão reduz significativamente a sobrecarga, tornando o UDP muito mais rápido e eficiente que o TCP em situações onde a velocidade é priorizada em relação à confiabilidade. Essa característica é crítica para aplicações onde os dados precisam ser entregues rapidamente e em tempo real, mesmo que alguns pacotes sejam perdidos. Por exemplo, em streaming de vídeo, um pacote ausente pode resultar em uma leve queda na qualidade do vídeo ou em um breve erro visual, mas o fluxo geral continua de forma suave e sem interrupções.
Da mesma forma, aplicativos de Voice over IP (VoIP) utilizam o UDP para transmitir dados de voz, onde uma leve perda de pacotes ou jitter pode passar despercebida pelo usuário, mas atrasos causariam problemas perceptíveis na qualidade da chamada.
Os jogos online se beneficiam da baixa latência do UDP, pois permitem que os dados sejam transmitidos com um atraso mínimo, possibilitando um jogo rápido e responsivo. Mesmo que pacotes ocasionalmente sejam perdidos ou atrasados, o jogo ainda pode funcionar sem travamentos ou interrupções.
Outro caso de uso comum para o UDP é nas consultas DNS, onde um cliente envia uma solicitação para resolver um nome de domínio em um endereço IP. O UDP é ideal para isso porque as consultas DNS geralmente são pequenas e precisam ser resolvidas rapidamente. Se uma resposta não for recebida, o cliente pode simplesmente reenviar a solicitação sem a necessidade do overhead associado ao estabelecimento e à manutenção de uma conexão TCP.
Portanto, em geral, a compensação é que o UDP sacrifica a confiabilidade em prol da velocidade, mas em ambientes de tempo real, alguns pacotes perdidos são frequentemente preferíveis aos atrasos introduzidos pela retransmissão.
Protocolo de Controle de Mensagens da Internet (Internet Control Message Protocol - ICMP)
O ICMP é utilizado principalmente para funções de diagnóstico e relatórios de erro em redes. Ao contrário do TCP ou do UDP, o ICMP não é um protocolo de transporte e não é projetado para a transmissão de dados de aplicação. Em vez disso, ele serve como um protocolo de controle, permitindo que dispositivos de rede troquem informações sobre condições de rede e erros, garantindo o funcionamento adequado da comunicação baseada em IP.
Um dos principais propósitos do ICMP é relatar problemas de rede, como hosts inatingíveis, congestionamento de rede ou problemas de roteamento. Por exemplo, se um roteador não consegue encaminhar um pacote porque a rede de destino está inatingível, ele envia uma mensagem ICMP de volta ao dispositivo de origem, informando-o sobre o problema. Da mesma forma, se um roteador ficar sobrecarregado ou congestionado, o ICMP pode ser usado para enviar mensagens indicando que pacotes estão sendo descartados ou atrasados.
Uma ferramenta bem conhecida e amplamente utilizada baseada em ICMP é o comando ping
. O ping é um utilitário de diagnóstico simples, mas poderoso, que testa a acessibilidade de um host em uma rede. Quando você executa o comando ping
, seu sistema envia mensagens ICMP de solicitação de eco (echo request) para o host de destino, e o host responde com respostas de eco ICMP (echo replies). O tempo de ida e volta entre o envio da solicitação e o recebimento da resposta ajuda a determinar a latência e a conectividade entre seu dispositivo e o host de destino. Se nenhuma resposta for recebida, isso indica que o host pode estar fora do ar ou inatingível devido a um problema de rede.
Portas TCP e UDP
Tanto o TCP quanto o UDP utilizam portas para distinguir entre diferentes serviços em um único dispositivo. Uma porta é um ponto final lógico para comunicação, garantindo que os dados sejam direcionados para o aplicativo apropriado. As portas são numeradas de 0 a 65535, sendo que as portas de 0 a 1023 são designadas como portas bem conhecidas (well-know ports) para protocolos amplamente utilizados, como HTTP (porta 80), HTTPS (porta 443) e DNS (porta 53). As portas na faixa de 1024 a 49151 são conhecidas como portas registradas, e as portas de 49152 a 65535 são dinâmicas ou privadas, normalmente utilizadas para conexões temporárias ou internas.
Cada serviço ou aplicativo em um servidor escuta em um número de porta específico, de modo que, quando um pacote TCP ou UDP chega, ele é direcionado ao serviço correto com base na porta de destino. Por exemplo, uma visita a um site por meio de um navegador envia a solicitação para a porta 80 (para HTTP) ou porta 443 (para HTTPS). Da mesma forma, uma consulta DNS é enviada para a porta UDP 53.
Compreender as diferenças entre esses protocolos e seu uso de portas é crucial na segurança de rede, uma vez que os invasores costumam explorar vulnerabilidades nessas áreas. Profissionais de segurança devem monitorar o tráfego de rede, garantir a configuração adequada dos serviços e proteger portas críticas para se defender contra ameaças comuns.
DHCP: Como um Dispositivo Obtém um Endereço IP
Quando um dispositivo, como um computador ou smartphone, se conecta a uma rede, ele precisa de um endereço IP para se comunicar com outros dispositivos. Esse processo é geralmente gerenciado por um serviço chamado Protocolo de Configuração Dinâmica de Host (Dynamic Host Configuration Protocol - DHCP). O DHCP atribui automaticamente endereços IP aos dispositivos, facilitando sua conexão sem a necessidade de configuração manual.
Veja como funciona: Quando um dispositivo entra em uma rede pela primeira vez, ele ainda não possui um endereço IP. Para solicitar um, o dispositivo envia uma mensagem especial chamada mensagem DHCP discover, pedindo um endereço IP. Essa mensagem é transmitida para todos os dispositivos na rede, pois o dispositivo não sabe a localização específica do servidor DHCP. O servidor DHCP é um sistema que gerencia a distribuição de endereços IP.
Assim que o servidor DHCP recebe essa solicitação, ele responde com uma oferta DHCP, que inclui um endereço IP disponível que o dispositivo pode usar, além de outras configurações necessárias, como a máscara de sub-rede e o gateway padrão. Essas configurações são importantes porque ajudam o dispositivo a saber como se comunicar com outros dispositivos na rede e acessar a internet.
Após receber a oferta, o dispositivo envia uma mensagem de volta, chamada de solicitação DHCP, indicando que aceita o endereço IP proposto. Isso garante que o servidor DHCP saiba que o dispositivo deseja usar o endereço IP específico que ele ofereceu. Por fim, o servidor DHCP confirma essa atribuição enviando um reconhecimento, chamado de reconhecimento DHCP (ACK). Nesse ponto, o dispositivo pode começar a usar seu novo endereço IP para enviar e receber dados na rede.
O endereço IP atribuído pelo servidor DHCP não é permanente; ele é concedido ao dispositivo por um período específico. Quando o prazo do aluguel está prestes a expirar, o dispositivo pode renová-lo para manter o mesmo endereço IP.
O DHCP simplifica o processo de conexão a uma rede, automatizando a atribuição de endereços IP. Sem o DHCP, os administradores de rede precisariam configurar manualmente cada dispositivo com um endereço IP exclusivo, o que seria demorado e propenso a erros, especialmente em redes grandes.
O Papel do DNS
Quando você usa a internet, geralmente confia em nomes de domínio, como lpi.org
, para acessar sites. No entanto, os computadores não entendem esses nomes diretamente. Eles se comunicam usando endereços IP. O sistema que traduz nomes de domínio amigáveis para o usuário em endereços IP é chamado de Sistema de Nomes de Domínio (Domain Name System - DNS).
O DNS atua como uma lista telefônica para a internet. Quando você digita um endereço de site (como learning.lpi.org
) no seu navegador, o DNS é responsável por encontrar o endereço IP associado a esse nome de domínio, para que seu navegador possa localizar e se conectar ao servidor web correto.
No terminal do computador, é possível obter informações sobre qual endereço IP está associado a um nome de domínio ou vice-versa usando os comandos nslookup
ou dig
:
$ nslookup learning.lpi.org Server: 127.0.0.1 Address: 127.0.0.1#53 Non-authoritative answer: Name: learning.lpi.org Server: 208.94.166.201
Nomes de Host DNS
Cada dispositivo conectado a uma rede pode ser atribuído a um nome de host DNS, que é um rótulo legível por humanos associado ao seu endereço IP. Por exemplo, um servidor pode ter o nome de host webserver1.example.com
. Esse nome de host é mais fácil de lembrar para as pessoas do que o endereço IP numérico que os computadores usam. Os nomes de host fazem parte do sistema DNS mais amplo, ajudando usuários e administradores a gerenciar e identificar dispositivos em uma rede de forma mais conveniente.
Pesquisa DNS Direta
Uma pesquisa DNS direta (forward DNS lookup) é o uso mais comum do DNS. Ela envolve a conversão de um nome de domínio em seu correspondente endereço IP. Quando você digita uma URL no seu navegador, uma consulta DNS direta é feita para resolver esse nome de domínio em um endereço IP. Por exemplo, se você digitar www.example.com
no seu navegador, o sistema DNS realiza uma pesquisa direta para encontrar o endereço IP associado, como 192.0.2.1
, e direciona seu navegador para o servidor correto.
O sistema DNS usa uma série de servidores DNS para realizar essa pesquisa. Seu dispositivo primeiro contata um resolvedor DNS local, que pode armazenar em cache consultas anteriores para acelerar o processo. Se o endereço IP não for encontrado no cache, o resolvedor contata outros servidores DNS, incluindo o servidor DNS autoritativo para o domínio, para encontrar o endereço IP correto. Assim que o endereço IP é encontrado, ele é retornado ao seu navegador e a conexão com o servidor web é estabelecida.
Pesquisa DNS Reversa
A Pesquisa DNS Reversa (reverse DNS lookup) funciona da maneira oposta. Em vez de converter um nome de domínio em um endereço IP, ela converte um endereço IP de volta em um nome de domínio. Isso é útil para verificar a identidade de um host e é frequentemente usado em servidores de email e na solução de problemas de rede. Por exemplo, se um servidor recebe uma solicitação de um endereço IP e deseja confirmar a identidade do host, ele pode realizar uma pesquisa de DNS reversa para ver o nome de domínio associado a esse endereço IP. Isso ajuda a prevenir atividades maliciosas.
Enquanto as buscas DNS diretas são essenciais para o uso cotidiano da internet, as buscas DNS reversas são mais comumente usadas por administradores de rede, sistemas de segurança e servidores de email para garantir a integridade das conexões.
O DNS é um componente crítico de como a internet funciona, permitindo a tradução de nomes de domínio amigáveis para humanos em endereços IP legíveis por máquinas. Seja por meio de buscas DNS diretas que permitem aos usuários acessar sites pelo nome de domínio, ou de buscas DNS reversas usadas para verificar identidades e manter a segurança, o DNS garante que dispositivos e pessoas possam se comunicar de forma eficiente na web. Sem o DNS, navegar na internet seria muito mais complicado, exigindo que os usuários lembrassem de endereços IP complexos para cada site e serviço que desejassem acessar.
Conceitos de Cloud Computing (Computação em nuvem)
A computação em nuvem é um modelo que permite aos usuários acessar e gerenciar recursos de computação, como servidores, armazenamento, bancos de dados e software pela internet, em vez de depender de hardware e infraestrutura locais. Esse modelo proporciona flexibilidade, escalabilidade e economia de custos ao eliminar a necessidade de investir em infraestrutura física cara. A computação em nuvem é tipicamente categorizada em três principais modelos de serviço: Infraestrutura como Serviço (IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Software como Serviço (SaaS). Cada modelo oferece diferentes níveis de controle e gerenciamento, atendendo a diferentes necessidades e casos de uso.
Infraestrutura como Serviço (IaaS)
A IaaS é o nível mais básico dos serviços de computação em nuvem. Ela fornece recursos de computação virtualizados pela internet, como máquinas virtuais, armazenamento e rede. Com a IaaS, os usuários podem alugar esses recursos sob demanda e escalá-los para cima ou para baixo com base em suas necessidades. Esse modelo de serviço oferece aos usuários o maior nível de controle, uma vez que são responsáveis por gerenciar seus próprios sistemas operacionais, aplicativos e dados, enquanto o provedor de nuvem cuida da infraestrutura física subjacente.
A IaaS é ideal para empresas que precisam de recursos flexíveis e escaláveis, sem o ônus de comprar e manter seu próprio hardware. Por exemplo, uma empresa pode usar a IaaS para rapidamente criar servidores virtuais para testar novos aplicativos ou para aumentar sua infraestrutura temporariamente para lidar com um aumento de tráfego durante uma campanha de marketing. Os provedores populares de IaaS incluem Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud.
Plataforma como Serviço (PaaS)
A PaaS é um modelo de serviço em nuvem que fornece uma plataforma para desenvolvedores construírem, implementarem e gerenciarem aplicativos sem se preocupar com a infraestrutura subjacente. A PaaS inclui tudo o que um desenvolvedor precisa para criar e executar aplicativos, como ferramentas de desenvolvimento, middleware, bancos de dados e sistemas operacionais. Com a PaaS, os usuários podem se concentrar em escrever código e construir recursos, enquanto o provedor de nuvem cuida da gestão de servidores, armazenamento, redes e outros serviços de backend.
A PaaS é ideal para desenvolvedores e empresas que desejam agilizar o processo de desenvolvimento e reduzir a complexidade de gerenciar a infraestrutura. Por exemplo, uma equipe de desenvolvimento poderia usar a PaaS para implementar rapidamente um novo aplicativo web sem precisar configurar servidores ou manter bancos de dados. Ofertas populares de PaaS incluem Google App Engine, Microsoft Azure App Service e Heroku.
Software como Serviço (SaaS)
A SaaS é o modelo de serviço em nuvem mais amigável e amplamente adotado. Com a SaaS, os usuários acessam aplicativos de software hospedados na nuvem por meio de um navegador da web ou aplicativo cliente, sem a necessidade de instalar ou gerenciar o software localmente. O provedor de nuvem cuida de todos os aspectos da gestão do software, incluindo atualizações, segurança e infraestrutura, permitindo que os usuários se concentrem em usar o próprio aplicativo.
A SaaS é ideal para empresas e indivíduos que desejam usar software sem se preocupar com manutenção, atualizações ou detalhes técnicos. Exemplos comuns de SaaS incluem serviços de e-mail como Gmail, ferramentas de colaboração como Slack e sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) como Salesforce. As aplicações SaaS geralmente são oferecidas em um modelo de assinatura, tornando-as acessíveis para indivíduos e empresas de todos os tamanhos.
A computação em nuvem revolucionou a maneira como empresas e indivíduos acessam e utilizam a tecnologia, oferecendo flexibilidade, escalabilidade e eficiência de custos. Os três principais modelos de serviços em nuvem — IaaS, PaaS e SaaS — oferecem diferentes níveis de controle e gerenciamento, permitindo que os usuários escolham o modelo que melhor se adapta às suas necessidades. Seja alugando infraestrutura virtual com IaaS, desenvolvendo aplicações com PaaS ou utilizando software totalmente gerenciado com SaaS, a computação em nuvem fornece inovação e uma estrutura poderosa para operações de TI modernas.
Exercícios Guiados
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Como o Sistema de Nomes de Domínio (DNS) converte um nome de domínio como
www.example.com
em um endereço IP? Quais são os papéis do DNS direto e do DNS reverso e como eles diferem? -
Quais são as diferenças entre Infraestrutura como Serviço (IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Software como Serviço (SaaS)? Forneça um exemplo de cada e explique o nível de controle que o usuário tem em cada modelo.
Exercícios Exploratórios
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Pesquise e explique alguns dos riscos de segurança mais comuns associados ao DNS, como falsificação de DNS ou envenenamento de cache. Como esses ataques funcionam e quais medidas podem ser tomadas para se proteger contra eles?
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Compare três principais provedores de serviços em nuvem — Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud — em termos de suas ofertas para IaaS, PaaS e SaaS. Quais são as principais diferenças em seus modelos de precificação, serviços e públicos-alvo?
Sumário
Esta lição fornece uma exploração aprofundada dos protocolos de rede fundamentais e dos conceitos de computação em nuvem. Ela começa explicando protocolos-chave, como TCP, UDP, ICMP e DHCP, focando em seus papéis na comunicação de rede. O texto detalha como o DNS funciona, traduzindo nomes de domínio em endereços IP por meio de buscas diretas e reversas. Além disso, enfatiza a importância das portas TCP/UDP na direção do tráfego de rede para os serviços e aplicações apropriados.
A lição finalmente passa a abordar os modelos de computação em nuvem, explicando as diferenças entre Infraestrutura como Serviço (IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Software como Serviço (SaaS). Esses modelos oferecem níveis variados de controle e flexibilidade para empresas e desenvolvedores, desde a gestão da infraestrutura virtual com IaaS até a construção e implantação de aplicações com PaaS, e o uso de aplicações totalmente gerenciadas por meio do SaaS.
Respostas dos Exercícios Guiados
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Como o Sistema de Nomes de Domínio (DNS) converte um nome de domínio como
www.example.com
em um endereço IP? Quais são os papéis do DNS direto e do DNS reverso, e como eles diferem?O Sistema de Nomes de Domínio (DNS) traduz nomes de domínio legíveis por humanos, como
www.example.com
, em endereços IP, como192.0.2.1
, permitindo que os dispositivos se comuniquem pela internet. Em uma busca DNS direta (forward DNS lookup), o nome de domínio é convertido em seu endereço IP correspondente, permitindo que o dispositivo localize o servidor web correto. Em contraste, a busca DNS reversa (reverse DNS lookup) pega um endereço IP e o resolve para seu nome de domínio associado, frequentemente usado para verificar a identidade de um host, como em sistemas de email ou diagnósticos de rede. Ambos os processos são essenciais para garantir uma comunicação fluida e a segurança na internet. -
Quais são as diferenças entre Infraestrutura como Serviço (IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Software como Serviço (SaaS)? Forneça um exemplo de cada e explique o nível de controle que o usuário tem em cada modelo.
O IaaS fornece recursos virtualizados, como servidores e armazenamento, dando aos usuários total controle sobre o sistema operacional e aplicativos. O AWS EC2 é um exemplo líder de IaaS.
O PaaS oferece uma plataforma para desenvolvedores construírem e implementarem aplicativos sem gerenciar a infraestrutura, onde o controle é limitado à camada do aplicativo. O Google App Engine é um exemplo líder de PaaS.
O SaaS fornece software totalmente gerenciado pela internet, com os usuários acessando o aplicativo sem controle sobre a infraestrutura ou gerenciamento do software. O Gmail é um exemplo líder de SaaS.
Respostas dos Exercícios Exploratórios
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Pesquise e explique alguns dos riscos de segurança mais comuns associados ao DNS, como falsificação de DNS ou envenenamento de cache. Como esses ataques funcionam e quais medidas podem ser tomadas para se proteger contra eles?
Os riscos de segurança do DNS, como DNS spoofing e cache poisoning, ocorrem quando invasores manipulam as respostas do DNS para redirecionar usuários para sites maliciosos. No DNS spoofing, o invasor forja respostas do DNS para fazer o dispositivo da vítima acreditar que está se conectando a um domínio legítimo, enquanto na verdade está sendo redirecionado para um servidor prejudicial. O cache poisoning funciona corrompendo o cache DNS em um servidor, fazendo com que ele armazene e retorne endereços IP incorretos para nomes de domínio. Para proteger contra esses ataques, técnicas como DNSSEC (Extensões de Segurança do DNS) podem ser implementadas para verificar a autenticidade das respostas do DNS, e a limpeza regular do cache pode ajudar a minimizar os riscos de cache poisoning. Além disso, o uso de consultas DNS criptografadas por meio de protocolos como DNS over HTTPS (DoH) pode ajudar a prevenir a interceptação e manipulação do tráfego DNS.
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Compare três principais provedores de serviços em nuvem — Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud — em termos de suas ofertas para IaaS, PaaS e SaaS. Quais são as principais diferenças em seus modelos de precificação, serviços e públicos-alvo?
O Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud são os três principais provedores de serviços em nuvem, cada um oferecendo soluções de IaaS, PaaS e SaaS. O AWS é conhecido por sua extensa infraestrutura global e uma ampla gama de serviços, tornando-o popular entre grandes empresas. Seu modelo de preços é altamente flexível, oferecendo opções de pagamento conforme o uso. O Microsoft Azure é integrado de forma próxima com outros produtos e serviços da Microsoft, tornando-se uma escolha sólida para empresas que já utilizam infraestrutura baseada em Windows. Seu modelo de preços também segue o pagamento conforme o uso, mas é particularmente competitivo para empresas que usam software da Microsoft. O Google Cloud, por sua vez, enfatiza a análise de dados e o aprendizado de máquina.